Amar o próximo e a Natureza como a si mesmo!
O Evangelho de hoje (Mc 12,28b-34) nos convida a amar o próximo. Com certeza é um convite, ou ainda, uma convocação desafiadora. Entender o outro, respeitá-lo, aceitá-lo (com seus defeitos e qualidades), com certeza não é nada fácil. Se o próximo pode ser alguém que não está tão próximo assim, a tarefa é ainda mais difícil.
No entanto, neste dia 05 de junho, um outro importante convite nos é feito. No princípio, “disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra” (cf. Ex 1,26).
O homem (e a mulher) tem realmente cumprido parte de seu papel: dominar a natureza! Tem esquecido, contudo, de cuidar dela, de preservá-la, de acolhê-la como obra do Criador e entender que sem ela, nós não existimos. Talvez estejamos no lumiar de uma resignificação do termo “domínio”.
Cada vez mais os desastres ecológicos e naturais se tornam cotidianos e se “normais”. Vivemos em um momento de “anemia sócio-ecológica”, onde nos preocupamos somente com o que nos atinge diretamente: a árvore que caiu com a chuva forte e destruiu o nosso muro ou calçada, o carro danificado pelo granizo, a enchente que atingiu a nossa casa, o calor que queima nossa pele e o frio que chega a matar.
“Vamos replantar as flores,... chamar quem se escondeu, lembrar quem se esqueceu e até dar uma chance a mais a quem negou”*, que sejamos nós os protagonistas de uma sociedade mais justa, humana, solidária, inclusive com o cuidado com a natureza que nos cerca e nos dá vida.
Muito amor, axé, auerê pra todos nós!
*Zé Vicente, poeta e compositor
Autor: Luiz Fernando Rodrigues - Acadêmico do Curso de Marketing da Faculdade Maringá, membro do Conselho Municipal de Saúde de Maringá e da Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude