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Qual o caminho para promover uma política adequada na gestão dos resíduos sólidos urbanos? Onde entra a participação da população e das cooperativas de catadores de materiais recicláveis neste processo? Tecnologias como a Biopuster ajudam ou atrapalham?

meio-ambientePara esclarecer essas perguntas, o professor da Universidade Estadual de Maringá, mestre em química ambiental, Edson Ikeda, faz um alerta sobre a necessidade da população e do poder público mudarem hábitos com relação a geração de resíduos.

Segundo o professor, para estabelecer uma política ambiental adequada é necessária toda uma estrutura composta por estudos, leis, mecanismos e o cumprimento de objetivos e metas visando minimizar os impactos ao meio ambiente. “Deve-se sempre levar em conta o seguinte raciocínio: não gerar, minimizar a geração, reciclar, tratar e dispor, nesta ordem”, explica.

Ikeda destaca a importância da participação da população neste processo, uma vez que o gerenciamento dos resíduos deve ocorrer desde a geração até a disposição final. Para o professor, a população é responsável pelo seu resíduo e deve pensar em formas de minimizar, segregar, reciclar e acondicioná-lo corretamente até a coleta. “Estamos falando em mudança de hábitos e de conceitos, de evitar o desperdício, adquirir apenas o necessário, mudança de embalagens, entre outras iniciativas”.

O professor observa que, como a ação da população está restrita às suas residências, as cooperativas exercem um papel importante, pois poderão coletar todo o material reciclável separado pelos moradores, o que reduz a quantidade de resíduo a ser encaminhado aos lixões.

Questionado se tecnologias como a Biopuster atrapalham no processo de envolvimento da população, o professor Ikeda entende que qualquer que seja o processo, a tecnologia deve ser adaptada corretamente à realidade do local onde será aplicada.

“A Biopuster necessita do material reciclável para que a matéria orgânica não sofra compactação e o oxigênio possa circular pelo meio. Infelizmente, foi uma tecnologia escolhida e adotada, indo na contramão do raciocínio de controle de poluição (não gerar, minimizar, reciclar, tratar, dispor)”, explica.

Edson Ikeda concorda que toda ação da comunidade será em vão se não houver uma política adequada. Ao mesmo tempo, o professor enfatiza que independente da gestão pública todos os cidadãos são responsáveis pela geração dos resíduos e, por isso, devem fazer o possível para minimizar os impactos ambientais e sociais. “Devemos todos tomar mais consciência de que nossas ações geram conseqüências, e muitas nocivas”, completou.


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