O vereador Humberto Henrique (PT) conheceu o modelo de coleta seletiva adotado nas cidades de Nova Esperança e Paranavaí, na região de Maringá. A visita, relizada na semana passada, serviu para comprovar que o apoio do poder público é fundamental para que as cooperativas de catadores tenham condições de viabilizar a coleta e destinação dos recicláveis.

cooperativasNo município de Nova Esperança, Henrique ficou impressionado com a estrutura e o apoio oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente, que fornece até um funcionário para auxiliar a cooperativa Cocamaré. Essa parceria possibilitou a conquista de quase R$ 1 milhão, recursos do BNDES, para a construção de um barracão com 1,3 mil metros quadrados e aquisição de equipamentos para agregar valor aos recicláveis.

A Cocamaré possui 35 cooperados que recebem em média um salário mínimo por mês. A meta é chegar a 60 cooperados e para isso a cooperativa planeja construir entrepostos em parceria com os municípios vizinhos. Atualmente são coletadas 60 toneladas/mês, 70% do material reciclável produzido no município. Para se ter uma idéia, com uma população 13 vezes maior do que a de Nova Esperança, Maringá coleta em média apenas 170 toneladas/mês.

cooperativasO vereador Humberto Henrique explica que o sucesso de Nova Esperança também está na atuação da prefeitura para conscientizar a população. “Lá o morador já está consciente de que deve separar o lixo reciclável dos demais resíduos. Onde isso não acontece, é colocado um adesivo dizendo que aquele lixo não foi coletado porque não houve a separação adequada”.

Em Paranavaí, a Coopervaí conta com salão, água e energia pagos pelo município e ainda recebe R$ 85,80 por tonelada de lixo reciclável. A coleta também é feita pela prefeitura, que entrega todo o material direto na cooperativa. Os cooperados recebem um salário mínimo por mês e, ainda, no final do ano as sobras são rateadas.

O modelo também conta com o envolvimento de outras instituições que colaboram com assessoria e elaboração de projetos para obter recursos que viabilizem a aquisição de prensas, esteiras e outras máquinas para transformar o material reciclável em produtos mais rentáveis.

O vereador observa que, nos dois modelos visitados, as cooperativas estão ligadas às Secretarias de Meio Ambiente e não de Serviços Públicos como ocorre em Maringá. “É uma questão ambiental tratada como responsabilidade ambiental e não como um serviço público qualquer”.

Humberto Henrique é relator da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara Municipal de Maringá, que está analisando a situação da coleta seletiva na cidade. Após visitar também o modelo adotado em Londrina, a comissão vai produzir um relatório com sugestões e que será encaminhado para a prefeitura.


Podcast
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Vereador Humberto Henrique relata detalhes da visita às cooperativas


Assessoria de Imprensa do Vereador Humberto Henrique


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