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O Vereador Humberto Henrique defendeu o direito dos servidores em lutar por melhores salários e melhores condições de trabalho, ao fazer uso da tribuna hoje durante sessão da Câmara. Após a discussão e votação dos projetos que integravam a pauta da sessão ordinária de hoje, 06 de junho, durante o chamado Grande Expediente, o Vereador Humberto Henrique fez uso da palavra para defender o direito legal dos funcionários municipais em lutar pela reposição salarial, pagamento da progressão funcional, revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e melhores condições de trabalho com o fim da perseguição aos servidores.



O vereador iniciou sua fala afirmando que o percentual requerido de reajuste e a revisão do PCCS são reivindicações justas, ao contrário do que tenta argumentar o prefeito. Mas o fato mais grave é a perseguição que vem sendo exercida contra os servidores municipais. O simples fato de não aceitar algo dito pelo prefeito, ou pessoa ligada a ele, já é motivo para se marcar a pessoa. Fato este constatado pessoalmente pelo vereador no último domingo, dia 04 de junho, em uma reunião, realizada no Auditório Hélio Moreira, para tentar resolver os problemas enfrentados pelos moradores do Parque Tarumã II. Em determinado momento, um morador se levantou e questionou o prefeito. Imediatamente, secretários que o acompanhavam, solicitaram a um fotógrafo que tirasse várias fotos daquela pessoa que estava falando, questionando o prefeito. “Eu presenciei isto. E isto pra mim é perseguição, pra depois fazer pressão sobre os moradores”, disse o vereador. E acrescentou dizendo que diversos servidores já procuraram seu gabinete denunciando serem vítimas de perseguição por parte do chefe do Poder Executivo e de seus representantes. E concluiu, “a questão salarial é importante sim, mas as condições de trabalho e a forma como o servidor é tratado, isso é mais importante ainda.”

O vereador também pediu coragem e força aos servidores dizendo que fazer greve não é fácil mas que não desistissem até que o prefeito sentasse para negociar. Durante a gestão anterior do Partido dos Trabalhadores também ocorreu greve dos servidores municipais. Entretanto, os representantes do Poder Executivo sentavam todos os dias com o comando de greve para negociar. E a greve terminou porque houve acordo entre as partes. E isto não está acontecendo desta vez. Segundo ele, o chefe do Poder Executivo do município não quer negociar enquanto não terminar a greve.



Também pediu ao pessoal da imprensa, presente à sessão, para que ouvissem os dois lados. De acordo com o vereador, determinados órgãos da imprensa dão muito espaço para a prefeitura e o prefeito acaba jogando a população contra o movimento. Então, sugeriu que dêem o mesmo espaço para que o comando de greve possa explicar para a população o que está acontecendo. Porque, segundo o vereador, “o movimento é um movimento justo. E se o prefeito tivesse vontade de sentar e negociar essa greve terminaria logo. Mas falta um pouco de humildade do nosso prefeito para que possa negociar com os servidores.”

O Vereador Humberto Henrique também pediu que o movimento seja pacífico, que é importante que não haja agressões de nenhum lado. Disse que assistiu, pela TV, a um fato triste onde um advogado pisou em cima de uma senhora, lamentavelmente, e que isso não deveria acontecer. Sem contar que pelo menos 8 (oito) servidores registraram boletim de ocorrência na delegacia por terem sido agredidos.

Outra informação dada pelo vereador é a de que o novo piso no valor de R$ 450,00 anunciado pelo prefeito Sílvio Barros II, na verdade não é um piso e sim um abono, de acordo com a lei que recebeu do Poder Executivo. Segundo o vereador, se concedida a reposição salarial reivindicada, quando isso ocorrer, o prefeito não será obrigado a incorporar o abono ao salário. Então, na verdade, não é um piso mínimo de R$ 450,00. É um abono para que o servidor possa receber os R$ 450,00 mas que, a qualquer momento, pode ser retirado dos salários. Ou então, com as reposições, ele automaticamente deixa de existir. Entretanto, considerando que seja o piso mínimo, esse valor corresponderia a 1,28 salários mínimos (SMs). Enquanto que, na administração do PT, o piso salarial pago pela prefeitura representava 1,43 salários mínimos (SMs). Ou seja, enquanto na administração passada, o piso era 43% superior ao SM, hoje ele seria apenas 28% superior ao SM.



E finalizando sua fala, disse que, como vereador, ele está preocupado com a população maringaense sim e sabe das suas necessidades. Mas que também sabe e conhece as necessidades dos servidores municipais. “E essa greve só está onde está porque eu entendo que houve falta de vontade política de resolvê-la. Foi falta de respeito com o servidor. Foi falta de respeito com a entidade que respeita de fato os servidores. Não importa que se tenha 2.000 sindicalizados. Esses 2.000 sindicalizados representam os 7.500 servidores que nós temos na prefeitura de Maringá”, disse. E concluiu, “porque a luta não é fácil. E aquilo que vocês conseguirem, e vocês tem que continuar firmes, tentar trazer os outros, fortalecer o processo até que o Sr. Prefeito desça do seu pedestal e comece a negociar com vocês”.



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