
Ao final do encontro, os jovens apresentaram um manifesto denunciando o uso político na nomeação de cargos para a assessoria municipal da juventude e reivindicaram a volta do Conselho Municipal da Juventude. Confira, à seguir, a íntegra do manifesto.
MANIFESTO DA JUVENTUDE - 24ª ROMARIA DO TRABALHADOR
ARQUIDIOCESE DE MARINGÁ - 1º DE MAIO DE 2013
O mundo cada vez mais globalizado, o sistema neoliberal predominante nos países em desenvolvimento e a rapidez com que os conceitos mudam fazem do mundo do trabalho um desafio a mais para a vida da juventude.
Desemprego, salários baixos, jornadas que afastam os trabalhadores da convivência social, falta de oportunidades e de incentivo para a profissionalização são alguns dos inúmeros problemas que compõem essa realidade.
Na região de Maringá esta situação se agrava com a irresponsabilidade de gestores públicos que, além de não implementar políticas públicas de juventude, não oferecem espaços para que os jovens exerçam sua cidadania, o seu protagonismo.
Desde 2005, portanto há mais de oito anos, Maringá não tem Conselho Municipal de Juventude. A estrutura criada na Prefeitura, que deveria promover políticas públicas para os jovens, tem sido utilizada para pagamento de apoio político recebido nas eleições com a contratação de pessoas sem qualificação para o cargo.
Diante desta situação, a juventude reivindica: Queremos a volta do Conselho Municipal da Juventude na cidade de Maringá! Que o mesmo seja seguido nos demais municípios que compõem a Arquidiocese de Maringá, pois é neste espaço que os jovens poderão debater e propor projetos e ações nas mais diversas áreas que os afetam, inclusive em relação ao trabalho.
Chega de corrupções e imoralidades à custa da vida juventude e do dinheiro público. Também não vamos mais admitir a contratação imoral de pessoas sem qualificação para atuar com a juventude. Caso isso volte a ocorrer, vamos denunciar o mau uso do dinheiro público.
Nós jovens, a exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo, defendemos a vida da juventude, de maneira especial os jovens empobrecidos e marginalizados pela sociedade. Queremos ter voz para exercer a nossa cidadania. Voz para exigir também a nossa vez. Vez para defender e construir um lugar em que tudo seja bom e para todos, um mundo melhor.
A JUVENTUDE QUER TER VOZ, TER VEZ, LUGAR!