
O interesse na atividade da Comissão da Verdade — criada pela presidente Dilma Rousseff (PT) para investigar os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar (1964-85) — é acadêmico e social, segundo o professor Reginaldo Benedito Dias. “O rumo que a comissão vai seguir depende do debate da sociedade”, diz o professor, “nós temos material, como teses e dissertações, e queremos intervir nessa discussão”.
Ele lembra que ainda há famílias em Maringá que não sabem em que condições seus parentes foram mortos. “As mortes eram divulgadas com toda a sorte de falsificações”, conta o professor. Os laboratórios de Pesquisa em História Política e Movimentos Sociais (Lappom) e de Estudos do Tempo Presente (Labtempo) têm vasto material sobre o tema. Teses e dissertações estão disponíveis no site www.pph.uem.br. Também coordenam o núcleo os professores Sidnei José Munhoz e Ângelo Priori.
No lançamento do fórum, no mês passado, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, cerca de 500 pessoas pediram a elucidação dos milhares de crimes ocorridos durante o regime. (Estima-se que meio milhão tenham sido perseguidos — parte foi torturada e morta em quarteis e delegacias da repressão). As informações estão no portal www.forumverdade.ufpr.br.
Fonte- UEM