Melhorar a qualidade de vida, ampliar o apoio oferecido pela prefeitura, fazer um grande projeto e oferecer condições para agregar valor. Essas foram algumas das promessas feitas pelo atual prefeito de Maringá durante a campanha eleitoral de 2004 para fortalecer as cooperativas de material reciclável e a coleta seletiva. Passados mais de cinco anos, as promessas não foram cumpridas, duas cooperativas já encerraram as atividades e as demais lutam para continuar os trabalhos.

cooperativasPodem ficar tranqüilos, vocês vão ter uma qualidade de vida muito melhor”, garantiu o então candidato. A crítica feita durante o debate eleitoral tinha o objetivo de atacar a administração municipal daquela época que, além de investir na coleta seletiva, tirou os catadores do lixão e iniciou todo o processo de organização das cooperativas.

Por outro lado, diferente do prometido diante das câmeras, o atual gestor não melhorou a situação das cooperativas. No ano passado, por exemplo, o rendimento médio mensal dos cooperados chegou a despencar para R$ 195. Alguns necessitaram, inclusive, de ajuda para não passar fome. Contaram com a solidariedade de organizações ligadas à Igreja Católica que doaram cestas básicas.

Formadas, em sua maioria, por mulheres, pessoas humildes e com baixa escolaridade, as cooperativas dependem de uma assessoria técnica para ofercer orientação quanto a organização interna e expedientes burocráticos que surgem. Mas até nisso falta assistência da prefeitura. Quem tem prestado este auxílio é o núcleo da Unitrabalho na UEM, que desenvolve diversas ações sobre o mundo do trabalho e os movimentos sociais.


Ouça ou assista, na íntegra, as promessas feitas em 2004:

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“Eu tenho certeza que tem condições de ajudá-los ainda mais.”
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“Vamos incentivar as pessoas a não colocar o lixo todo junto”
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Falta sensibilidade

Para o vereador Humberto Henrique (PT), que desde o seu primeiro mandato tem apoiado as cooperativas e exigido o compromisso da prefeitura, só falta vontade política da administração para mudar este cenário.

Além de criar a lei da coleta seletiva solidária, determinando a separação e destinação de todo o material reciclável das repartições públicas do município para as cooperativas, Henrique também é autor da lei que autoriza a prefeitura a remunerar o trabalho que estes catadores organizados realizam.

A estimativa é de que apenas R$ 15 mil por mês seria o suficiente para manter o projeto. Mas, até o momento, a prefeitura resiste em firmar o convênio. "Falta vontade política de fazer a coisa acontecer. Falta sensibilidade para ajudar a população mais carente, a população mais pobre," avalia o vereador.


Assessoria de Imprensa do Vereador Humberto Henrique



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