HUMBERTO HENRIQUE DESMENTE ALEGAÇÕES DA PREFEITURA
A iniciativa já acontece em várias cidades do país onde há gestores públicos comprometidos com o meio ambiente e que governam também para os mais humildes. É assim desde 2002 em Diadema (SP), cidade pioneira no país em remunerar cooperativas pela tonelada de material recolhido. O programa de coleta seletiva da cidade paulista foi apresentado em Brasília, no início deste ano, como “uma experiência exitosa”, durante encontro que reuniu 3.200 prefeitos.
Mesmo tendo conhecimento desses e de outros exemplos, segundo matéria do jornal O Diário do Norte do Paraná (27 de setembro de 2009, págna A9), uma das justificativas da prefeitura de Maringá para a falta de apoio reclamada pelas cooperativas e associações e, inclusive, para a insatisfação da população que também é prejudicada pela ausência de uma coleta seletiva eficiente, é de que o projeto de lei do vereador Humberto Henrique seria inconstitucional.
O projeto passou por todas as comissões do Poder Legislativo e recebeu aprovação unânime dos vereadores, mas só não foi implantado pela prefeitura por falta de vontade política. Se a matéria fosse inconstitucional caberia ao prefeito o veto, mas nem isso foi feito. Ao mesmo tempo em que, de forma equivocada, trata a coleta seletiva e a educação ambiental como alternativas e não como soluções, a administração municipal tem se limitado a viabilizar, de todas as formas, tecnologias caras para dar destinação final ao lixo produzido na cidade.
A administração municipal pode até se negar a implantar um projeto que atende às necessidades do meio ambiente e possibilita condições dignas de trabalho e sobrevivência para famílias que atuam como verdadeiros agentes ambientais, mas é inadmissível que utilize como argumento informações que não representam a verdade.
Maringá, 28 de setembro de 2009.