Só com o valor da diferença entre as duas propostas é possível construir cerca de 70 casas populares, ou mais de 130 mil consultas médicas “Lemantável”. Essa foi a palavra utilizada pelo vereador Humberto Henrique (PT) para resumir o desfecho da reforma administrativa do Legislativo maringaense. A proposta aprovada corta 49 cargos, mas aumenta em 60% a verba para contratação de assessores parlamentares.

Ao projeto, votado na quinta-feira (4) em segunda discussão, foram apresentadas quatro emendas defendidas pelo vereador Humberto Henrique aumentando, por exemplo, o corte para 68 e propondo isonomia entre os salários dos comissionados da Prefeitura e da Câmara. Se aprovadas as emendas resolveriam aspectos legais do projeto e aumentariam a economia com a reforma, mas também foram rejeitadas.

Diferença
Na proposta defendida pelo vereador Humberto Henrique (PT), a readequação dos cargos do Legislativo poderia gerar uma economia de R$ 3,5 milhões por ano. Seriam mantidos apenas os cargos comissionados necessários e excluída as contratações quem têm por finalidade a “acomodação política”.

Mas, por 10 votos contra 5, a maioria dos vereadores votou pela redução de apenas R$ 1,4 milhão, mantendo 29 cargos comissionados na estrutura da Câmara. Henrique afirma que 19 desses cargos não têm função específica, pois foram “inventados exclusivamente para acomodação política, e isso é imoral.”

Só com o valor da diferença entre as duas propostas é possível construir cerca de 70 casas populares, ou mais de 130 mil consultas médicas.

Votaram pela reforma administrativa com economia de R$ 3,5 milhões por ano, os vereadores Humberto Henrique, Mario Verri, Marly Martin, Dr Manoel Sobrinho e Flávio Vicente.