Economia de R$ 3,5 milhões é rejeitada novamente
A readequação dos cargos do Legislativo pode gerar uma economia de R$ 3,5 milhões por ano, como garante a proposta defendida pelo vereador Humberto Henrique (PT) e apresentada como substitutivo ao projeto da Mesa. Mas a maioria dos vereadores rejeitou a economia maior e votou pela redução de apenas R$ 1,4 milhão.
Só com o valor da diferença entre as duas propostas é possível construir cerca de 70 casas populares, ou mais de 130 mil consultas médicas.
Na proposta da Mesa permanecem ainda 29 cargos na estrutura administrativa da Câmara. Desses, Humberto listou 19 que considera ilegais. “São cargos sem função específica, inventados exclusivamente para acomodação política, e isso é imoral,” esclarece.
O vereador se refere a criação dos cargos de Assessor Parlamentar da Mesa (6), Assessor Técnico (1), Assessor de apoio para Assuntos de Planejamento (1), Assessor Executivo (1), Assessor de Relações Institucionais (4) e Assessor para Assuntos Comunitários (6), que juntos vão consumir, por ano, mais de R$ 1,1 milhão, ou cerca de 35 casas populares.
Já a reforma defendida pelo vereador Humberto Henrique propõe a extinção de todos os cargos de indicação política. Com isso restariam apenas 10 comissionados, que de fato a câmara tem necessidade e não apresentam problemas com a lei.
Por 10 votos contra cinco, a proposta da Mesa foi aprovada na terça-feira, em primeira discussão e, pelo mesmo placar, o substitutivo foi rejeitado. Na quinta-feira (4) a discussão será retomada com a segunda votação da matéria. O vereador Humberto já afirmou que vai apresentar emendas para propor, mais uma vez, o corte dos cargos desnecessários no Legistativo.