Fundamentado em lei federal, o projeto beneficia história da cidade de Maringá e motiva para a educação ambiental Em 1978 o então príncipe herdeiro do Japão, Akihito, e a princesa Michiko visitavam Maringá por ocasião do lançamento da pedra fundamental da ACEMA, entidade representativa da comunidade nipo-brasileira de Maringá.

Na ocasião, encantada com a beleza do ipê roxo localizado na Avenida Brasil, defronte da Igreja São José Operário, a princesa quebrou o protocolo e pediu que parassem o carro em que estava, desceu e fez reverência ao ipê.

Esse gesto tornou a árvore um marco histórico da visita imperial à cidade e foi objeto de um projeto de lei de autoria do vereador Humberto Henrique (PT) que declara essa árvore imune de corte.

A proposta foi aprovada em primeira discussão e determina ainda que a Prefeitura recolha sementes produzidas pela árvore para fins de preservação da espécie.

O projeto tem como base o Código Florestal Nacional. A lei federal estabelece que “qualquer árvore poderá ser declarada imune de corte, por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes”.

Segundo o ambientalista e coordenador do Observatório Ambiental de Maringá – UEM, Jorge Villalobos, além da preservação da espécie, também ficará assegurada a memória que a árvore representa na história da cidade.

Villalobos explica que a aprovação do projeto vai permitir também que o Ipê Imperial, como ficou conhecido, seja substituído futuramente por um exemplar originado de sementes da própria árvore, conforme está previsto no projeto de lei, pois “a árvore estará imune do corte, mas não ação do tempo”.

Na próxima quinta-feira o projeto segue para votação em segunda discussão.