Valor é suficiente para evitar a taxa do lixo, mas será aplicado para aumentar número e o salário dos cargos de confiança R$ 8,4 milhões de reais a mais por ano. Estudo do vereador Humberto Henrique aponta que esse deverá ser o custo da reforma administrativa proposta pelo prefeito Silvio Barros ao aumentar a quantidade e a remuneração de cargos de confiança.

Henrique teve acesso, ontem no final da tarde, aos projetos de lei que serão votados hoje na Câmara Municipal de Maringá, a partir das 16h, em sessão extraordinária convocada pelo Poder Executivo.

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Com a reforma, dos 331 atuais cargos de confiança a Prefeitura de Maringá poderá contar com 403 pessoas contratadas sem concurso público e com direito a salários que variam de R$ 671,19 a R$ 7.400,00. A maior parte, 171 cargos de confiança, vai receber R$ 2.999,91 por mês.

Humberto Henrique entende que a atitude do prefeito contraria o cenário político e econômico global que tem a economia de recursos como a melhor precaução diante da crise mundial.

O vereador ainda avalia que o excesso de cargos de confiança provoca inchaço na estrutura da Prefeitura e não resulta em benefício para a população.

Para Humberto Henrique, “a administração é de fato eficiente quando consegue administrar gerando a menor despesa possível e sem aumentar os gastos com cargos como os de indicação política”.

Os números analisados pelo vereador mostram também que o prefeito vai aumentar, em média 25%, a gratificação para os servidores municipais convidados a ocupar cargos de direção, coordenação, entre outros que dão direito ao benefício.

Já para os CC’s, a promoção nos salários pode chegar até 61% do valor atual. É o caso, por exemplo, dos que forem contratados para ocupar cargos sob a sigla CC4. Até o ano passado o salário para essa função era R$ 1.310,95, agora passa para R$ 2.104,27.

A única diminuição prevista no projeto do Poder Executivo é na quantidade de funções gratificadas, 33 a menos. Mas a redução pára por ai, pois, ainda assim, a despesa total com as gratificações será 12% maior que a atual.