Fato só foi revelado após questionamento do vereador Humberto Henrique durante audiência realizada pela Prefeitura Analisando os documentos da audiência pública em que a Prefeitura de Maringá apresentou uma proposta de terceirização do tratamento do lixo produzido na cidade, chamou a atenção do vereador Humberto Henrique (PT) o valor constante na minuta do contrato, bem maior do que a previsão da Prefeitura no Orçamento de 2009 para investimentos na área do lixão.

O esclarecimento foi dado durante a audiência após o vereador Humberto Henrique questionar se a administração do prefeito Silvio Barros II pretende criar uma nova taxa para os cidadãos.

O secretário do Meio Ambiente, Diniz Afonso, informou que, sendo aprovado o modelo sugerido pela Prefeitura, os maringaenses pagarão uma nova taxa para o município contratar a empresa que deverá executar o sistema de tratamento do lixo.

Reciclados
Em sua participação na audiência, o vereador Humberto Henrique também questionou quantas são as empresas que estão aptas a atender todas as exigências tecnológicas estipuladas pela Prefeitura e quais foram os critérios utilizados para estabelecer os valores da licitação.

Henrique também apresentou duas sugestões. O vereador defende que as cooperativas de catadores recebam os resíduos recicláveis e que sejam contratadas para realizar a triagem dos recicláveis.

Os questionamentos e sugestões do vereador Humberto Henrique, apresentados durante a audiência, já foram encaminhados para a comissão responsável pela montagem do edital de licitação.

Em 15 dias a Prefeitura deve apresentar uma versão final.

Ministério Público
O promotor Robertson Azevedo, da Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná, também participou da audiência.

Azevedo deixou claro que a área onde a Prefeitura insiste em depositar e tratar o lixo da cidade não pode mais ser utilizada para esta finalidade.

De acordo com o promotor, este é apenas um dos fatores que pode motivar a anulação da idéia apresenta pela Prefeitura.