Pressão popular reverteu proposta de reajuste para o salário dos vereadores; no entanto, próximo prefeito e seus secretários vão receber 37% e 56% a mais, respectivamente A presença de lideranças comunitárias ontem (10) na sessão da Câmara Municipal de Maringá foi importante para rejeição do projeto que fixava o valor de R$ 7.430 mil para os salários dos vereadores da cidade, a partir de 2009.

Foram 11 votos contra o reajuste e apenas quatro favoráveis. Com a decisão, o salário dos vereadores a partir de 2009 permanece em R$ 5.724 mil.

O vereador Humberto Henrique (PT) desde o dia cinco de junho já se posicionava contrário a proposta de 29,80% de reajuste.  O vereador justificou sua decisão argumentado, por exemplo, que os vereadores teriam até o final do mês de agosto para estudar e votar o assunto.

Neste período, segundo Humberto Henrique, a Câmara teria tempo para encontrar um valor ou percentual aceitável e, inclusive, optar por não reajustar os salários.

No entanto, antes disso, ressaltou o vereador, é necessário rever a estrutura de cargos da Casa para depois pensar em aumento de salários. “Não sou contra os cargos de confiança, mas entendo que precisamos rever esta situação, pois a estrutura da Câmara está inchada”, alertou.

Humberto Henrique lembrou também que desde 2006, na época candidato à presidência da Câmara, está propondo uma economia de R$ 3 milhões/ano nos gastos do Legislativo, apenas com a redução de alguns cargos de confiança. “Se for preciso, façamos concurso público”, explicou.

Prefeito e secretários
Por outro lado, também ontem, foi aprovado aumento de 56% para o salário dos secretários municipais e de 37% para o prefeito. O próximo chefe do Executivo de Maringá vai receber mensalmente R$ 15.423 mil e seus secretários R$ 7.430 mil.

O percentual de aumento no salário do novo prefeito, por exemplo, é mais do que o dobro do que os 14,1% concedidos pela atual administração aos servidores do município.

Por conta também disso, Humberto Henrique se posicionou contrário a este aumento. O vereador explicou que não há justificativas para sustentar que estes percentuais são necessários e defendeu que, “na pior das hipóteses”, fosse aplicado o mesmo índice concedido aos servidores do município.


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