Por oito votos contra cinco, lei foi reprovada. A Câmara de Vereadores de Maringá encerrou hoje, dia 9, a discussão sobre o Projeto de Lei Nº 9850/2006, que ficou conhecido como “Lei Seca”. Atendendo reivindicação das entidades contrárias a proposta, oito vereadores, contra cinco que foram favoráveis, reprovaram o projeto.

Logo no início da discussão da matéria, o vereador Mário Hossokawa solicitou a retirada de todas as emendas que havia protocolado. Com a aprovação deste pedido pela maioria dos vereadores, Humberto Henrique analisou que as emendas restantes, se aprovadas, não seriam suficientes para atender as solicitações tanto da sociedade quantos dos comerciantes.

Na tribuna, Humberto Henrique apresentou como exemplo o caso de Diadema-SP - cidade onde a "Lei Seca" foi aprovada após mais de 100 audiências públicas - para explicar que o debate construído até aquele momento tinha permitido um avanço, porém ainda exigia mais diálogo. O vereador deixou claro que a "Lei Seca" seria apenas um passo para evitarmos o avanço da violência, sendo necessárias outras ações, como escolas com atividades em período integral, para caminhar na solução do problema.

Humberto Henrique também lamentou a decisão da maioria dos vereadores que não aceitaram o adiamento da votação do Projeto conforme solicitavam algumas entidades, entre elas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB ) de Maringá. Mais reuniões poderiam ocorrer no intuito de adequar o texto final de forma que viesse a atender sua proposta original sem prejudicar setores relacionados com a comercialização de bebidas. Mas, como o consenso não foi possível, restou ao vereador Humberto Henrique o voto favorável no projeto considerando a sua proposta, a sua idéia, e não o seu conteúdo, esse que fora impedido de ser adequado.