A greve dos servidores municipais de Maringá já entra para a história como a maior da categoria na cidade. O fim desse impasse depende da boa vontade, da abertura ao diálogo e da humildade de apenas uma pessoa nesta cidade. A greve dos servidores municipais de Maringá já entra para a história como a maior da categoria na cidade. A atitude do Prefeito em não reconhecer o Sindicato como representante legal dos funcionários tem sido, entre outros, fator relevante para a continuidade do impasse que vem prejudicando toda população.

O Mandato Participativo do Vereador Humberto Henrique tem atuado de forma consistente na busca de um canal efetivo de negociações que leve ao fim da greve. Além de ter se reunido pessoalmente com o Prefeito no dia 08 de Junho, juntamente com o Vice-prefeito e o vereador Mario Verri (PT), o Vereador Humberto Henrique (PT) foi procurado por assessores e secretários da administração no intuito de contribuir para aproximação entre Sindicato e Município.

Em conseqüência desse trabalho e do fortalecimento do movimento, as partes se reuniram na sexta, dia 16, tendo como base um pré-acordo. Foram cinco horas de reunião para pouco avanço. A comissão de negociação da administração permaneceu até às 23h reunidos com o comando de greve, enquanto que o Prefeito Silvio Barros ocupou o assento da mesa de negociação por apenas 10 minutos, diferente do informado pelo representante da comissão de negociação do governo, Ulisses Maia, em entrevista à rádio CBN no dia 19 de Junho, o qual disse que Silvio Barros “ficou quase cinco horas” na reunião tentando um acordo com os grevistas. Enfim, nada de concreto ficou decidido, pois como demonstra a equipe do prefeito, somente ele é que define o discurso e as ações a serem utilizadas para o “tratamento” desse grave problema que estamos convivendo.

Mesmo com todo esse esforço, o que permanece é um clima de insegurança entre os servidores devido às atitudes da administração como a que inviabilizou a reunião de conciliação, dia 14 deste mês no Ministério Público do Trabalho (MPT). A imposição e a falta de respeito com as testemunhas presentes no local foram os fatos que não permitiram o fim da greve naquela data. No entanto, a nota divulgada pelo governo municipal acusou o sindicato de articular uma manobra para que a negociação não acontecesse. Como resultado dessa atitude errada, sob o comando do Prefeito Silvio Barros, duas conseqüências foram geradas. Primeiro o aumento do descrédito por parte dos servidores e da população com relação às ações do Prefeito. Além disso, um possível pedido de resposta deverá ser concedido ao MPT para desmentir a informação divulgada pela Assessoria de Imprensa do município. A administração colocou em dúvida a fé pública do Procurador Regional do Trabalho, Dr. Fábio Alcure, o qual não autorizou a gravação da audiência sob o argumento de que não havia precedentes para tal imposição feita pelo representante da prefeitura, Ulisses Maia, em nome do prefeito Silvio Barros.

Concluímos nossas considerações esclarecendo que nosso Mandato Participativo tem se concentrado na solução imediata do problema que afeta toda a população, mesmo sabendo que corremos o risco de sermos citados de forma negativa nos discurso do Prefeito por apoiar a reivindicação dos servidores. Contudo, nosso apoio não tem finalidades eleitoreiras, pois essa não é nossa primeira intervenção a favor dos servidores municipais de Maringá. Temos trabalhado diretamente para que haja um consenso entre as partes pondo fim a greve. Mas, diante de todos os episódios até aqui, reconhecemos que o fim desse impasse depende da boa vontade, da abertura ao diálogo e da humildade de apenas uma pessoa nesta cidade.