Projeto de Lei que dispõe sobre realização de plano de manejo no Parque Alfredo Nyffeler foi derrubado devido à articulação feita por vereador. A Câmara Municipal de Maringá rejeitou, em sessão ordinária realizada nesta tarde, com 5 votos contra e 4 a favor, o Projeto de Lei nº. 9451/2005, de autoria do Vereador Humberto Henrique, que dispõe sobre realização de um plano de manejo no Parque Alfredo Nyffeler.

Pelo projeto de lei, a Prefeitura deveria realizar um plano de manejo no parque com o objetivo de verificar o que poderia ser feito no local para otimizar e melhorar o seu uso por parte da população sem, contudo, prejudicar o meio ambiente, contemplando, assim, seu verdadeiro potencial.

A idéia do projeto de lei veio de encontro ao fato de que vários projetos foram apresentados por diversas entidades da cidade com o objetivo de viabilizar opções de lazer à população, especialmente, à dos bairros vizinhos ao parque, sem saber realmente o que pode ou que não pode ser implantado no parque.

De acordo com o projeto de lei, após a conclusão do plano de manejo, que seria realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, se realizaria uma audiência pública com a população maringaense para conhecimento e, posteriormente, aprovação do plano, de modo que, a partir das decisões tomadas nesta audiência, toda política pública a ser implementada naquela área deveria estar de acordo com o plano de manejo.



Ao fazer uso da tribuna, o Vereador Humberto Henrique pediu apoio ao seu projeto, justificando a importância do mesmo. Entretanto, ao perceber que uma articulação estava sendo feita pelo vereador Dorival Dias (PSDB) para derrubar o projeto, solicitou, aos vereadores que, caso quisessem votar contrário ao mesmo, justificassem o porquê do seu voto.

Por solicitação do líder do prefeito na Casa, os vereadores Zebrão (PP), Márcia Socreppa (PSDB), Chico Caiana (PMDB) e Walter Guerlles (PTC), além do próprio Dorival Dias, votaram contra o projeto. No entanto, nenhum deles apresentou qualquer justificativa para o seu voto. A favor votaram os vereadores Mário Verri (PT), Mário Hossokawa (PMDB), Válter Viana (PHS) e o próprio Humberto Henrique (PT).

O que pode ser concluído com esse acontecimento? Por que articular os vereadores para derrubar um projeto, a princípio, simples e não polêmico?

São boas questões para uma reflexão mais profunda a respeito de como deve ser atuação parlamentar.