Ao chegar na metade do tempo previsto para conclusão dos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo já recebeu mais de 3 mil páginas de documentos. As investigações apuram se há irregularidades no valor da tarifa, na execução do contrato de concessão e na qualidade do serviço prestado aos usuários.

Relator da comissão, o vereador Humberto Henrique (PT), que é contador, tem se dedicado a análise de balancetes e notas fiscais para verificar se o valor da passagem definido pela Prefeitura corresponde ao custo real que a empresa tem para operar o sistema.

“Estamos avançando no estudo, mas ainda faltam documentos, como as notas fiscais que comprovam o preço pago pela empresa no óleo diesel, em pneus e outras despesas”, explica.

Outra ação em andamento é uma análise do contrato de concessão. Profissionais da área jurídica estudam os termos do acordo firmado entre a prefeitura e a empresa Transporte Coletivo Cidade Canção.

Segundo Humberto, uma fiscalização surpresa está sendo planejada. Os membros da comissão vão verificar pessoalmente a qualidade do serviço, principalmente quanto a lotação, pontualidade e tempo de espera.

A CPI também deverá convocar pessoas para prestar depoimento. Humberto acredita que os nomes dos que serão interrogados só serão definidos na reta final dos trabalhos, no começo do mês de setembro.

Instalada no dia 26 de junho, a CPI do Transporte Coletivo tem até 90 para ser concluída.  Esse prazo ainda poderá ser prorrogado, uma única vez, por mais 45 dias.

Gelinton Batista / Assessoria de imprensa