Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo alterando a estrutura administrativa da Prefeitura de Maringá prevê um aumento de até R$ 15,5 milhões por ano no gasto com a contratação de funcionários sem concurso público. A medida, após aprovada pela Câmara, valerá a partir de 1º de janeiro de 2013.

reforma administrativa

De acordo com o projeto, dos atuais 277 cargos comissionados, a nova gestão poderá ter 515. Para pagar todo este pessoal, o gasto pode passar de R$ 33,5 milhões por ano, um aumento de 88% em relação a estrutura atual. Pela proposta, serão 31 secretarias, 100 diretorias, 218 gerencias, 96 coordenadorias e 70 chefias.

“Só com o salário dos cinco novos secretários, está previsto gastar quase R$ 900 mil por ano. Infelizmente estão mostrando que a prioridade do novo governo não será cumprir as promessas de campanha, como a implantação do plano de carreira dos servidores municipais e acabar com a fila das consultas especializadas”, avalia o vereador Humberto Henrique (PT).

Já com a criação dos escritórios de representação, um em Curitiba e outro em Brasília, estão previstos mais de R$ 732 mil por ano. O valor considera apenas o pagamento de salários, sem a soma de despesas com aluguel de imóveis e a compra de móveis e materiais de expediente.

O vereador estuda denunciar o caso ao Ministério Público. “Esta reforma é uma vergonha. Estão utilizando dinheiro público para pagar os acordos políticos feitos durante a campanha eleitoral”, critica Humberto.

Para viabilizar a reforma administrativa, o Executivo também enviou alterações no Plano Plurianual. O projeto exclui a previsão de recursos para ações como implantação de novo cemitério municipal, usina para reciclagem de resíduos da construção civil, implantação do Centro Cívico e ampliação ou reforma em barracões industriais.

Gelinton Batista - Assessoria de Imprensa