Foi realizada na manhã de hoje (30) uma audiência pública para discussão do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). A Prefeitura apresentou estudos contratados de uma empresa, mas negou colocar em votação um pedido de exclusão da proposta de queimar o lixo da cidade.

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O vereador Humberto Henrique (PT) questionou o fato da administração municipal insistir na intenção de queimar o lixo produzido na cidade sem antes cumprir os dispositivos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal nº 12.305/2010).

“A Lei estabelece que para a gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos deve ser priorizada a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem, o tratamento dos resíduos e a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, explica Humberto.

O Fórum Intermunicipal Lixo e Cidadania, grupo formado por diversas entidades e ambientalistas que estudam o assunto, propôs que a queima do lixo fosse retirada do PMSB, mas o secretário municipal do Meio Ambiente, que coordenava a audiência, ignorou o pedido da plenária e se recusou a colocar a proposta em votação.

Outro momento polêmico foi quando o secretário iniciou a apresentação de um projeto do professor e ambientalista da UEM Jorge Villalobos, sobre a destinação final correta dos resíduos sólidos. Presente na audiência, o autor interrompeu a exposição denunciando que o conteúdo exibido se travava de recortes montados com o objetivo de distorcer seu estudo.

O secretário teria tentado afirmar que o professor defende a queima do lixo quando, na verdade, as pesquisas e documentos que foram entregues para a administração apontam para os prejuízos da incineração e recomendam práticas ambientalmente corretas para gestão dos resíduos sólidos em Maringá.

Também participaram da audiência pública o procurador do Ministério Público do Trabalho, Fábio Alcure, o chefe do escritório regional da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Paulino Mexia, além de representantes de organizações ambientais de instituições de ensino e de empresas públicas e privadas.


Assessoria de Imprensa