A sociedade maringaense foi surpreendida, na última quinta-feira (17), com a votação relâmpago na Câmara de vereadores que aprovou aumento no salário do prefeito, vice, secretários municipais e vereadores, válido a partir de 2013. O projeto é de autoria da Comissão de Finanças e Orçamento (CFO), foi elaborado em segredo e votado em regime de urgência.

camara municipal

O vereador Humberto Henrique (PT) criticou a manobra que fizeram para evitar a reação da população. Ele só teve acesso ao projeto algumas horas antes do início da sessão. Dos atuais R$ 17.337, o salário do próximo prefeito de Maringá será de R$ 25 mil. Vice-prefeito, secretários municipais e vereadores vão receber R$ 12.025. Já o salário do próximo presidente da Câmara será de R$ 18.038. Apenas três vereadores, Humberto Henrique (PT), Mario Verri (PT) e Dr. Manoel (PC do B), votaram contra o aumento.

Em 2008, Humberto Henrique, na época vice-presidente da CFO se recusou a assinar o projeto que aumentava o salário do prefeito e dos vereadores. Com a atitude, houve tempo para divulgar a informação e a pressão popular impediu que o aumento fosse aprovado. Neste ano, porém, os vereadores membros da comissão não tiveram a mesma preocupação.

Prefeito e CFO podem barrar aumento
Agora o projeto segue para avaliação do prefeito. Se concordar com os valores, ele pode sancionar o projeto, mas, se avaliar que os valores são altos e precisam ser debatidos com a população, o prefeito tem autoridade para vetar. Ocorrendo essa última opção, o projeto retorna aos vereadores e uma nova votação decide se o aumento será finalmente aprovado ou rejeitado.

Outra possibilidade é que um novo projeto, revogando o aumento, seja elaborado pelos vereadores da Comissão de Finanças e Orçamento. Pela legislação, somente a CFO pode apresentar o projeto que define o salário dos políticos.


Gelinton Batista / Assessoria de Imprensa