O livro resgata a história da guerrilha de Porecatu, no Paraná, símbolo da luta camponesa pela terra no Brasil. O objetivo da obra, fruto de quase 20 anos de extensa pesquisa, é romper o silêncio em torno desse conflito.
“Em Porecatu, a palavra camponês foi usada pela primeira vez no Brasil, para designar o trabalhador rural sem terra, arrendatário, colono ou pequeno proprietário. Foi também por causa de Porecatu que no Brasil se assinou pela primeira vez um decreto de desapropriação de terras para fins sociais. Apesar de tudo isso, a guerrilha de Porecatu é praticamente desconhecida”, conta o escritor.
O livro destaca, entre outros aspectos, a figura de Manoel Jacinto Correia, um cearense que, chegando ao Paraná, entrou em contato com o Partido Comunista e a partir daí se tornou uma das principais figuras desta luta que Marcelo Oikawa apresenta em detalhes em seu livro.
Manoel Jacinto, por sinal, é a atual denominação do “Arquivo dos Movimentos Sociais do Paraná”, cuja criação foi uma iniciativa do advogado e escritor Laércio Souto Maior que, além de instalá-lo nas dependências da Secretaria Estadual do Trabalho, com espaço para exposições e auditório franqueado para eventos do movimento social, também criou a Associação dos Amigos do Arquivo Manoel Jacinto Correia, como um instrumento a mais para dar suporte às ações do Arquivo.
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